Indubitavelmente a culpa é do Político.
Alguns jovens começam a vida muito cedo, tornam-se pais e mães quando deveriam
estar preocupados com a própria formação intelectual. Contrariamente estes não
têm tempo para se dedicar a instrução, precisam trabalhar e levar o sustento
para sua prole, e trocam um processo sistemático de educação, que deveria ser
natural, por outro completamente assistemático, e o resultado quase sempre é
infrutífero. É de notar que, ainda tão jovens, a “escada” de filhos já
ultrapassa os quatro degraus. Essa nova configuração familiar afasta
definitivamente o jovem da participação política de sua própria vida, porque cuidar
de uma família é tão esforçado quanto é estudar, refletir, pensar e criticar
política. Então é preciso fazer uma escolha do caminho a seguir?
Agora, falta força de vontade do político
representante ou é uma questão de falta de consciência desses jovens? É
possível colocar a culpa no setor público, sendo que o resultado da ação está
na parcela? O político não é o culpado, é preciso entender isso, mas a culpa é
do jovem? Vale lembrar que é através das escolhas de um povo despreparado que medianos
chegam ao poder. E se os governantes são o reflexo do povo, fica claro que o
povo tem pouca capacidade reflexiva e é nessa lacuna que entram os
mal-intencionados.
Observe então que, a vida sem muito
sucesso está atrelada diretamente a falta de educação dos jovens, pois é na
base que se prepara o futuro. Não preparando a base os jovens ficarão perdidos
em uma nuvem de fumaça e reproduzirão comportamentos de um passado
desestruturado, onde a falta de planejamento familiar resulta em uma
multiplicidade filial que não permite sua dedicação ao estudo. Assunto muito
delicado, porém que necessita reflexão, sobretudo pelos atores principais, os jovens.
Permitir hoje que as estruturas maquiavélicas continuem sendo obstáculos ao
acesso a informação, é deixar escapar pelos dedos a chance de mudar. Quando
você, jovem, for escolher seu representante, faça-o levando em conta o seu reflexo.
Como já foi dito na primeira linha, a
culpa é do político, que, colocando-se como pretendente ao cargo público, tem o
dever de zelar pelo bem estar social, cuidar daqueles que acreditaram e que
nele depositaram seu voto, porque a política é esperança; tem ainda como sina
ser íntegro, honesto e colaborar para o bom andamento da polis.
* Adriano é professor, historiador e escreve no Blog às segundas-feiras.
3 comentários:
Na veia!
Parabéns, verdadeiro e coerente.
Parabéns, verdadeiro e coerente.
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