O prefeito Alair Corrêa não pagou ainda o
décimo-terceiro da Educação, que era esperado em sua quarta parcela para o dia
29, porque ele quer a greve.
Exatamente: a greve das escolas é ótima para
Alair, que não precisará gastar para fazer funcionar e manter funcionando os
prédios escolares; nem precisará contratar professores. Nas minhas contas, isso
gera a ele uma "economia" em torno de 6 milhões de reais.
Isso mesmo: o governo municipal não está
nem aí para sua escola; para seu filho; ou para o fato de você, professor,
estar desempregado. Ele fará de tudo para não gastar com Educação porque
entende que a pasta é despesa, e não investimento. Se ele puder fazer
com que não haja aulas o ano inteiro, ele o fará. sabe por quê? Porque você, eu
, nenhum de nós importa para ele. Aliás, importa sim: o que for preciso será
feito para que nada seja feito por nós. É isso.
O Sepe-Lagos, de forma madura e responsável, decidiu encerrar a greve que durou 90 dias porque pensou nos pais, mães, responsáveis e alunos, já que o ano letivo 2015 precisava ser encerrado e milhares de crianças e adolescentes necessitavam estudar, bem como suas famílias retomarem suas rotinas. O governo pensou nisso? Não. Não pensou nem pensa.
Hoje acontece assembleia da categoria. Os profissionais da educação devem focar a luta por seus direitos e contra os abusos do governo, afinal, já foi demonstrada nossa preocupação com a sociedade, ao contrário do governo. Já demos provas concretas e cabais de nosso compromisso social - o governo, ao contrário, só comprova, a cada dia, seu descompromisso com o povo dessa cidade.
Por outro lado, a categoria deve pensar que somos jogadores de um tabuleiro de xadrez que, infelizmente, já deixou de ser jurídico há muito tempo. Decidir pela greve hoje é dar ao prefeito o que ele deseja - menos trabalho, menos preocupações, menos gastos, manutenção de escolas abandonadas e professores desempregados por não terem contrato. Defendo que o governante precisa ser constrangido a fazer o que é sua obrigação - investir na Educação, ainda que compulsoriamente. E isso só irá acontecer com o ano letivo em curso. Mesmo que ele pare depois...
Bom dia!