Pois é, Rafael, não bastasse o pagamento dos exames médicos que o
Ibascaf não autorizou por estar em débito com os laboratórios, agora não
consegui marcar consulta para mostrá-los, conforme abaixo:
Venho denunciar mais um desrespeito e abuso na Saúde de Cabo Frio.
Na 4ª. Feira, 27/01, levantei-me às 5
horas da manhã e me dirigi ao posto de saúde do Itajuru para marcar uma
consulta com a endocrinologista Dra. Kristiane, para mostrar os exames
solicitados com urgência, os mesmos pelos quais tive que pagar R$ 285,30 do meu
bolso porque o Ibascaf não tem mais condições financeiras de pagar os
laboratórios, mas essa é uma estória cujos detalhes eu já contei aqui,
conforme publicado em 30/01.
Agora, a estória de descaso é outra,
porém baseada no mesmo enredo de irresponsabilidade e desídia com quem está do
outro lado do balcão e infelizmente tem que se submeter a essas coisas para
cuidar de sua saúde.
Ao chegar no posto médico fui
informado de que o sistema estava fora do ar e que não havia como agendar a
consulta com essa médica, Dra. Kristiane. Ponderei sobre a possibilidade de se
partir então para um processo manual a fim de que o usuário não fosse
prejudicado por um problema que não lhe competia porém a única solução encontra
foi: VOLTAR NA PRÓXIMA QUARTA-FEIRA.
Não é a primeira vez que me deparo
com essa situação, o que prova que essa maneira desleixada de trabalhar dos
responsáveis por esse serviço é uma constante, o que só prejudica. Um
pouco mais de respeito e consideração pelo menos aliviaria as penas de quem
como eu depende do serviço público de saúde.
No meu caso, além de ter de pagar
pelos exames, vou ter que voltar ao posto para tentar marcar a consulta que, em
caso de êxito, seria para o dia 09 de fevereiro, terça-feira de carnaval e
dessa forma, vai ficar para a próxima terça, 16/02.
Quanta covardia e sofrimento, Dr.
Carlos Ernesto, secretário de saúde! Será que o Senhor não pode fazer alguma
coisa para acabar com esse sofrimento, já que esse sistema está sempre fora do
ar? A propósito, aproveito da oportunidade para sugerir o retorno ao sistema
manual anterior, que a meu ver é melhor que o atual, inaugurado com pompa e
circunstância, mas que não funciona a contento, deixando muito a desejar em
termos de funcionalidade.
Entendo que simplesmente por ser um
serviço público, necessariamente não precisa ser ruim e é urgente retirar da
cabeça dos gestores públicos esses paradigmas para que se estabeleça e se
mostre para a população que é possível sim se implantar um serviço público de
qualidade, sobretudo na área da saúde municipal, já tão desgastada também por
outras mazelas como falta de médicos e de medicamentos, falta de funcionários e
por isso mesmo o que puder ser minimizado para diminuir o sacrifício do cidadão
será muito bem recebido. E o setor de marcação de consultas seria um bom
exercício, em excelente dever de casa nesse sentido.
Afinal de contas, não é um
serviço gratuito, um favor; é, antes de mais nada, um direito do cidadão
que paga seus impostos e uma obrigação do Ente Público que deve retribuir em
serviços de excelência e qualidade. Simples assim. Portanto, mãos à obra,
Sr.Secretário!
[o cidadão preferiu não ser identificado.]
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