Logo
pela manhã desta quinta-feira, em torno de 35 prédios públicos ficaram completamente sem energia
elétrica. O motivo do corte, realizado pela Ampla logo cedo, teria sido as
dívidas astronômicas contraídas pelo município com a concessionária nos últimos
meses – algo em torno de 8 milhões de reais.
O
desespero foi total. Funcionários e contribuintes se enxugavam em suor pingado
da forma que podiam. Servidores tiveram de deixar o prédio da prefeitura para “se
refrescarem” na Praça Tiradentes. Não era possível emitir notas fiscais
eletrônicas e o município deixou de arrecadar. Serviços básicos de consultas de
dados não eram possíveis. A cidade parou – ao menos nos prédios da prefeitura.
RECORDAR
É VIVER
O
interessante é recordar que, quando deputado estadual, o atual prefeito foi um
dos parlamentares a votar, de forma entusiasta, a favor da privatização dos
serviços de fornecimento de energia em todo o estado. A Ampla agradeceu, tomou
o lugar da Cerj, mas, agora, o feitiço virou contra o feiticeiro – afinal, o governo
não pagou o que devia ao dono da feitiçaria.
JUSTIFICATIVA
Ao
se pronunciar, o prefeito afirmou que teria preferido pagar os servidores do
que a Ampla. Ora, mais uma vez, o governante se esquiva da culpa e coloca-a nas
costas do servidor: é ele quem sofre sem ter condições de trabalho, pela falta
de energia; e ele mesmo é o culpado do corte, afinal, se não fosse o salário
dele...
SÍMBOLO
A
cidade às claras e a prefeitura às escuras – aí está o primeiro símbolo do que
o atual prefeito fez com Cabo Frio. Temos um povo ávido por mudanças, por
melhorias, por avanços, mas uma prefeitura que não se ilumina; não ilumina a
cidade; e parece estar gostando da escuridão na qual nos mergulhou.
PIADA
O
governo está tão ruim, que para ninguém dizer “o último a sair apague a luz”, o
prefeito deu um jeito da Ampla cortar a energia.
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