A cidade está cheia. Essa afirmação ouvimos a cada minuto em Cabo Frio neste ano. Como em todos os outros anos, é inegável que isso aconteça. A questão é saber até que ponto isso é ou não positivo.
A superlotação da cidade certamente traz benefícios para o comércio local, o que não significa que, contextualmente, isso seja totalmente bom, já que se os efeitos colaterais dessa demanda superarem os lucros obtidos, teremos um problema.
Não é preciso impedir a entrada do turista. É preciso estabelecer um freio matemático para a cidade no verão, bem como criar uma estrutura que não a torne um nó de trânsito quase 24 horas por dia no período. É preciso criar uma estrutura que mantenha a cidade limpa e organizada, mesmo com sua população quadruplicada nestes meses. É preciso manter a oferta de serviços públicos (no nosso caso, passar a oferecer alguns que nem aos cidadãos na baixa temporada são oferecidos) e a ordem urbana. Cabo Frio, nos setores público e privado, precisa se preparar o ano todo para o verão, aumentando seus braços, criando reservas, ampliando estruturas. Senão, permaneceremos um depósito de turistas, e não uma cidade que busca girar a economia través deles, mantendo a paz social.
Bom dia!
Um comentário:
Em relação ao " turismo" da cidade, só lamento e tenho a dizer: só Jesus na causa.
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