Uma
análise crítica da realidade do servidor público cabofriense nos levaria a uma
conclusão exageradamente real: pouco há que comemorar. Exagerada, não apenas,
mas errônea esta análise – afinal, ela apenas se manifesta como verdade se a
enxergarmos do prisma do governo, dos governantes, do poder público municipal.
Se olharmos pelos olhos do servidor – que é quem faz a categoria – perceberemos
que, apesar das dificuldades e das injustiças, temos muito a comemorar –
especialmente porque a classe tem reagido e lutado contra essas mazelas,
mobilizando-se e organizando-se para derrotar tais poderes, quando utilizados
de maneira autoritária e abusiva.

O
que se comemora hoje é que essa gente não se calou. Foi às ruas; foi às redes
sociais; foi à imprensa; se articulou, se organizou. Parou, paralisou, fez
greve. Enfim: lutou. Há muito que se comemorar no dia de hoje, porque o dia é nosso,
não do poder político da cidade. Há muito que se festejar hoje, porque o dia é
de falar da nossa luta, nossas vitórias seguidas contra o atual governo,
opressor e perseguidor, e contra todos os outros governos que de forma
semelhante assim tenham agido. Hoje é dia de celebrar, porque é preciso
aplaudir o trabalhador que não se intimidou, foi para cima de peito aberto e
venceu. O dia é de quem trabalha, não de quem persegue trabalhador – por isso,
hoje é nosso dia, e não do governo. E, assim, é dia de comemorar. Quem deve
lamentar, chorar, se preocupar e se entristecer com as derrotas seguidamente
sofridas são eles. A nós, cabe brindar a vitória da justiça sobre a maldade,
preparando o coração para as batalhas que virão, nas quais, certamente, a
esperança vencerá o medo.
Parabéns
Servidor público municipal.
Rafael
Peçanha
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