O bairro do Guriri, e sua extensão no Sítio Guriri, é uma das áreas que
mais crescem na cidade e que menos recebem apreço do poder público.
Confinados entre dois investimentos particulares de alto padrão (Club
Med e Alphaville), a localidade recebeu água da Prolagos há alguns meses, mas
falta quase tudo. Apesar de possuir acesso nas casas à luz da Ampla, há setores
públicos sem iluminação alguma. Animais ficam soltos pela pista; não há rede de
esgotamento nem serviço de correios. O local carece de uma escola que atenda ao
Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano e um Posto de Saúde próprio – os moradores
não podem ser atendidos pelos postos do Tangará, por exemplo, tendo de se
deslocar para o Centro ou São Cristóvão. Os reparos nos asfalto da Estrada que
passa em frente à localidade (Estrada Deodoro de Azevedo, rumo a Búzios) são
realizados apenas quando as redes sociais cobram – e, ainda assim, por vezes,
de forma equivocada, não resistindo à primeira chuva que aparece.
Mas o Guriri, como um retrato, apenas representa uma situação maior e
mais geral, neste caso, de abandono e esquecimento da periferia da cidade.
Melhorar a foto já seria um pedido urgente. Desde que, dali, pudesse se
melhorar toda a paisagem, para que os próximos retratos fossem revelados com
mais dignidade – a de verdade, não aquela falsa, das propagandas.
Bom dia!
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