
A todos os que nos acompanharam, não acompanharam ou desacompanharam neste espaço...nossa gratidão, porque todo ano é ano de conquista para todos que caminham.
Nesse ano novo, não tratarei o novo como ano, nem o ano como novo – viverei. Não escutarei mais entrevistas repetidas de Prefeitos, com as mesmas lágrimas. Não apostarei na democracia de fóruns, porque o dono da banca do bicho não gosta. Não mostrarei a violência que não tenho e considerarei as minhas evoluções como obrigação de quem ama.
Nesse ano novo, tudo de novo novamente com jeito novo – não acreditarei em boatos provincianos e desconfiarei de verdades alheias oriundas dos livros sagrados, cujas páginas são as línguas do povo. Se o que passou iniciou-se com viagem, este termina com uma – cheia de falhas, amores e memórias. Não magoarei mais a quem amo não magoar. Não irei a terreiros que não me importam. Não confiarei em promessas de campanha.
Nesse novo ano, ano que vem novo quase já, terei menos medo. Desafiarei os tempos e os medos de quem amo, sem grosseria, com o ahimsa indiana. Não roubarei beijos carnavalescos – os terei. Não comprarei casas – as prepararei. Não amarei porque estudo, mas estudarei porque amo. Irei menos ao Rio e mais ao rio. Não acreditarei em choques de ordem nem em crises financeiras. Não me submeterei a fogos de artifício e enganosas promessas de posse. Aprenderei a tocar mais músicas. Escreverei textos mais com a tinta do coração do que com o sangue da revolta ou com as teclas da mente.
Não estacionarei meu carro em vagas impossíveis da cidade – vou a pé. Não ficarei revoltado com o autor da novela, mas com a violência da cidade. Aprenderei a enxergar a preguiça, a indolência e incompetência por detrás da máscara da crise. Não acreditarei que o número de carros com adesivos bonitos equivalha a número de votos. Não colocarei minha confiança na revolta ou na consciência do povo – ele não existe, elas sim. Não crerei que opiniões de jornal mudam o mundo – não convertem nem quem as escreve. Não acreditarei em quem disser que eu não posso – posso tudo que quero e amo, menos o que não amo.
Nesse ano novo que chega novamente ano, antiquadamente novo, eu não vou comemorar aniversário – celebrarei a vida. Não darei festas – as trocarei por um sorriso e sairei com lucros milionários. Não farei anos – apagarei da memória o que nos machuca. Não apostarei no Legislativo. Não confiarei no Executivo. Não enaltecerei o Judiciário. Terei total confiança em Deus – no quarto, em casa e nas esquinas apenas. Não terei medo dos seus sins, nem transformarei minhas ponderações preocupadas em nãos taxativos. Verei qualquer filme e pagarei duas entradas, sem me importar com quem nos rodeia. Irei mais à praia, acolherei mais parentes, beberei mais café, menos cigarros e mais vinhos no lugar de cervejas. Desejarei trocar de inferno, digo, de trabalho. Darei aulas pensando nela, mas não a tratarei como aluna, nem como mestra. Viverei a vida fora da novela. Usarei menos calças e mais batas. Conversarei mais com pescadores e os estudarei menos. Dançarei mais forrós exclusivos. Tirarei mais um sono na rede, com a porta encostada. Pedirei um novo frasco do mesmo perfume. Sentirei sua fragrância na hora das provas. Confessarei as fotos que eu não gostar.
Visitarei amigos que mereçam e negarei visitas inócuas. Cobrarei cópias de vídeos, dedicatórias de livros e mudanças de estado civil, mas com carinhos. Pagarei minhas três dívidas e criarei outras com prazos menores. Rirei dos shows da praia. Desconfiarei de Conselhos e de conselhos. Não baterei palmas para posses e inaugurações de banheiros. Não perderei tanto tempo no twitter. Não escreverei textos sem que ela participe – personagem ou consultora. Não me matarei pela cultura, pela Cultura, nem pelos da cultura, muito menos pelos que a cultuam. Não descansarei nas férias. Continuarei a ser cidadão, mesmo sem me sentir parte da cidade. Continuarei a ser gente, mesmo sem receber respeito. Não aceitarei beijos no meu coração – prefiro amor. Todo ano o mesmo ano novo de novo.
Nesse ano novo, não tratarei o novo como ano, nem o ano como novo – viverei. Não escutarei mais entrevistas repetidas de Prefeitos, com as mesmas lágrimas. Não apostarei na democracia de fóruns, porque o dono da banca do bicho não gosta. Não mostrarei a violência que não tenho e considerarei as minhas evoluções como obrigação de quem ama.
Nesse ano novo, tudo de novo novamente com jeito novo – não acreditarei em boatos provincianos e desconfiarei de verdades alheias oriundas dos livros sagrados, cujas páginas são as línguas do povo. Se o que passou iniciou-se com viagem, este termina com uma – cheia de falhas, amores e memórias. Não magoarei mais a quem amo não magoar. Não irei a terreiros que não me importam. Não confiarei em promessas de campanha.
Nesse novo ano, ano que vem novo quase já, terei menos medo. Desafiarei os tempos e os medos de quem amo, sem grosseria, com o ahimsa indiana. Não roubarei beijos carnavalescos – os terei. Não comprarei casas – as prepararei. Não amarei porque estudo, mas estudarei porque amo. Irei menos ao Rio e mais ao rio. Não acreditarei em choques de ordem nem em crises financeiras. Não me submeterei a fogos de artifício e enganosas promessas de posse. Aprenderei a tocar mais músicas. Escreverei textos mais com a tinta do coração do que com o sangue da revolta ou com as teclas da mente.
Não estacionarei meu carro em vagas impossíveis da cidade – vou a pé. Não ficarei revoltado com o autor da novela, mas com a violência da cidade. Aprenderei a enxergar a preguiça, a indolência e incompetência por detrás da máscara da crise. Não acreditarei que o número de carros com adesivos bonitos equivalha a número de votos. Não colocarei minha confiança na revolta ou na consciência do povo – ele não existe, elas sim. Não crerei que opiniões de jornal mudam o mundo – não convertem nem quem as escreve. Não acreditarei em quem disser que eu não posso – posso tudo que quero e amo, menos o que não amo.
Nesse ano novo que chega novamente ano, antiquadamente novo, eu não vou comemorar aniversário – celebrarei a vida. Não darei festas – as trocarei por um sorriso e sairei com lucros milionários. Não farei anos – apagarei da memória o que nos machuca. Não apostarei no Legislativo. Não confiarei no Executivo. Não enaltecerei o Judiciário. Terei total confiança em Deus – no quarto, em casa e nas esquinas apenas. Não terei medo dos seus sins, nem transformarei minhas ponderações preocupadas em nãos taxativos. Verei qualquer filme e pagarei duas entradas, sem me importar com quem nos rodeia. Irei mais à praia, acolherei mais parentes, beberei mais café, menos cigarros e mais vinhos no lugar de cervejas. Desejarei trocar de inferno, digo, de trabalho. Darei aulas pensando nela, mas não a tratarei como aluna, nem como mestra. Viverei a vida fora da novela. Usarei menos calças e mais batas. Conversarei mais com pescadores e os estudarei menos. Dançarei mais forrós exclusivos. Tirarei mais um sono na rede, com a porta encostada. Pedirei um novo frasco do mesmo perfume. Sentirei sua fragrância na hora das provas. Confessarei as fotos que eu não gostar.
Visitarei amigos que mereçam e negarei visitas inócuas. Cobrarei cópias de vídeos, dedicatórias de livros e mudanças de estado civil, mas com carinhos. Pagarei minhas três dívidas e criarei outras com prazos menores. Rirei dos shows da praia. Desconfiarei de Conselhos e de conselhos. Não baterei palmas para posses e inaugurações de banheiros. Não perderei tanto tempo no twitter. Não escreverei textos sem que ela participe – personagem ou consultora. Não me matarei pela cultura, pela Cultura, nem pelos da cultura, muito menos pelos que a cultuam. Não descansarei nas férias. Continuarei a ser cidadão, mesmo sem me sentir parte da cidade. Continuarei a ser gente, mesmo sem receber respeito. Não aceitarei beijos no meu coração – prefiro amor. Todo ano o mesmo ano novo de novo.